Nada Neurótica

Esse post era pra ter ido ao ar ontem, mas a criatura aqui enrolou e ficou na cama o dia todo com preguiça e não fez. Parabéns atrasado à todos nós que dedicamos um pouco do nosso tempo a esse espacinho, que compartilhamos nossas besteiras e afins por aqui rsrs.

No grupo Blogueiras do Pará, rolou a proposta de uma blogagem coletiva pra esse dia especial para nós. O tema escolhido foi: "Coisas que o blog mudou na minha vida".

Ao longo desta jornada (incluindo o outro e minha colaboração com textos para blog de uma amiga), eu percebi que adoro fazer isso. Que esse espaço que tenho aqui é meu aconchego, que com ele aprendi a me dedicar mais a leitura. Comecei a escrever melhor e sim, fiquei mais chata com erros gramaticais. Quero me afogar quando encontro algum erro, porque eu reviso isso aqui pelo menos umas 3 vezes antes de postar e mais umas 2 depois que vai ao público.

Comecei a gostar mais da fotografia e tentar estimular mais minha criatividade pra fazer fotos legais. Até porque eu sempre gostei de tirar fotos e tal mas eu morria de vergonha de parar e fotografar algo na rua ou em qualquer lugar em público. Ta aí outra coisa que ele me ensinou, perdi mais a vergonha e quando acho algo bonito, vou e tiro foto mesmo que estejam olhando. Mas ainda não perdi a vergonha de mostrar o blog pro marido hahaha ele sabe que tenho blog, mas só viu o nome.

Com o blog, tenho tentando aprender a me organizar mais. Pense numa pessoa esquecida, essa sou eu. Esqueço datas e prazos por isso sempre acabo me perdendo em alguns projetos. Mas esse ano, pelo blog, resolvi tentar ser mais organizada. Comecei o projeto do desafio do livro e o clube do livro, que tem prazos mas são longos a serem cumpridos e tá me ajudando bastante.

Isso é apenas um pouco do que tenho aprendido com esse espaço maravilhoso que é só meu e que compartilho com vocês. 

As blogueiras paraenses maravilhosas:

Roberta ♥ Raquel ♥ Nayandra ♥ Milena ♥ Iryane ♥ Raissa ♥ Erika ♥ Marcelle ♥ Priscila 

Eu sempre pensei demais, porém, nunca conseguia colocar pra fora tudo o que sentia, então me fechava e guardava pra mim. Sempre foi assim. Tinha medo de escrever o que sentia e alguém ler, me questionar. Por isso nunca tive diários, nunca escrevi cartas, nunca rabisquei nada. Acho lindo quando vejo que alguém ainda tem aquele diário de quando era adolescente, que através dele relembra de coisas legais e engraçadas. Mas eu não, tinha medo do que iam achar, medo de que meus medos e inseguranças fossem expostos, coisa boba de adolescente em crise.

Realmente não me lembro de quando peguei o gosto pela escrita, mas resolvi criar o blog para postar meus mini dramas de uma neurótica assumida. Acho que ainda tenho o primeiro texto salvo em algum canto por aqui, com palavras desajeitadas e sentimentos rasos. Acho que foi quando realmente peguei o gosto pela leitura, ver todas essas palavrinhas arrumadas e que nos fazem suspirar, me inspirou. Adoro escrever, mas organizar minhas ideias é que é o problema. Mas é incrível poder escrever, colocar os sentimentos em palavras. E mais incrível que o blog me ajudou muito a me abrir. Perder esse meu medo bobo do "que os outros vão achar".

Hoje escrevo pra desabafar, escrevo pelos meus dramas e escrevo pelo que observo. Escrevo porque me liberta. Escrevo porque agora as palavras fazem parte de mim e de quem sou. E como é fantástico poder parar e analisar as coisas e pessoas ao redor dessa forma poética. Descrever o que se vê e o que se sente. Se inspirar nas conversas com amigas, pelo dia chuvoso, por aquele livro que te fez chorar. O filme que te fez parar pra pensar.

Havia tempos (longos meses) que eu não conseguia escrever nada, nenhuma frase se quer. Falta de inspiração, tempo e outras coisas. Tenho tentando me interagir mais com o papel e caneta, é meio difícil pois me acostumei a escrever mais no computador. Ando meio enferrujada, então relevem.

Quero voltar a escrever, quero voltar a inspirar. É tão bom escrever algo e as pessoas se identificarem. Quero voltar para a rotina de escrever. Na verdade nem sei bem a causa, motivo ou razão real de ter parado. Mas ó, depois desse muito mais textos virão. É uma promessa.

O livro maravilindo desse mês é o Eleanor & Park. É um dos livros mais fofos que já li até agora. Me fez suspirar e quase ter uma overdose de amor. Já havia ouvido sobre ele mas nem fiz muito caso. Ele é de leitura fácil e a autora conseguiu  realmente me transportar para as lembranças do amor adolescente, inocente e bobo.

Eleanor não é uma menina "comum", é ruiva, com olhos negros, cheia de pintinhas, usa roupas estranhas e largas demais e acessórios no mínimo peculiares, e isso faz com que ela sofra bullying na nova escola. Park é "meio-coreano" de olhos verdes e cabelo espetado.
No primeiro dia de aula, Park cede o lugar para que Eleanor sente ao seu lado no ônibus, mesmo que contra sua vontade. Após isso, dia após dia de uma maneira sútil eles se aproximam e nasce um amor inocente e lindo de se acompanhar. Eleanor não tem uma vida muito fácil, mora com sua mãe que é casada com Richie (que eu odiei e se pudesse entraria no livro só pra bater nele) que os maltrata e ainda quer que eles o agradeçam. Isso faz com que ela se apegue mais ainda em Park.

"Queria olhá-la nos olhos, mas ficava difícil, estando assim tão perto.

– Eleanor... – ele sussurrou.

– Hum.

– Eu te amo.

Ela olhou para ele, os olhos negros e brilhantes, depois desviou o olhar.

– Eu sei – disse."

Eu realmente amei o livro, li ele em dois dias e fiquei com gostinho de quero mais. A autora partiu meu coração com o final, admito que não foi dos melhores porque você fica na ansiedade de saber o que acontece de fato com os dois. Mas o livro em si, é lindo, fiquei suspirando a cada página.

Gostei da maneira que a autora escreve, de jeito fácil, descontraído e a leitura flui com muita facilidade. Eu pretendo ler outros livros dela em breve e conto mais aqui para vocês.